Goiás tem novas regras para eventos pecuários

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) editou a Instrução Normativa – IN nº 6/2020 que detalha sobre o registro de entidades promotoras de eventos pecuários, realiza o processo de normatização do credenciamento de médicos veterinários.

Segundo o presidente da Agência, José Essado, a nova IN atualiza os termos da Instrução Normativa nº 8/2011, que foi revogada. José Essado explica que a nova IN amplia as regras sanitárias, de fiscalização e operacionais para realização de eventos pecuários. 

O projeto conta com a contribuição da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Conselho Regional de Medicina Veterinária e União dos Leiloeiros do Estado de Goiás que contribuiu com propostas para elaboração da IN.

Uma das mudanças é o estabelecimento de normas para credenciamento e habilitação de médicos veterinários Responsáveis Técnicos (RTs) de entidades promotoras de eventos pecuários. O objetivo é que esses profissionais passem a ter maior protagonismo nosw eventos e funções específicas como validação/confirmação e emissão de Guias de Trânsito Animal – GTAs para circulação e saída de animais participantes destes eventos.

Os RTs não podem ter vínculo com a administração estadual, mas necessitam estar habilitados pela Agrodefesa e ter Anotação de Responsabilidade Técnica – ART registrada no Conselho Regional de Medicina Veterinária.

Para credenciamento na Agrodefesa, o veterinário RT precisa apresentar requerimento; termo de responsabilidade de uso do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás – Sidago; cópia da identidade profissional expedida pelo CRMV; comprovante de endereço; certidão negativa expedida pelo CRMV e ART também registrada no Conselho.

As demais regras para realização de eventos pecuários foram mantidas, observa-se comprimento para normas sanitárias em relação à categoria de cada animal, como vacinação, exames obrigatórios e outras exigências legais.

Todos animais, independente do evento, devem ser examinados clinicamente no desembarque pelo médico veterinário RT, antes de ser permitida entrada nos eventos.

Devem ser vetados à participação os animais acometidos ou com suspeita de qualquer doença transmissível, aqueles reagentes aos testes laboratoriais ou alérgicos requeridos, bem como os animais infestados por ectoparasitas.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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