A pedido do MP-GO, Justiça eleitoral manda prefeita de Santa Isabel apagar postagens em rede social

A prefeita de Santa Isabel, Cássia Silva Caixeta Dourado, tem 48h para retirar todas publicações de caráter eleitoral das redes sociais oficial do município. Essa representação foi feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria Eleitoral, deferida pelo juiz Cristian Assis, da 72ª Zona Eleitoral.

A ação de representação por propaganda irregular foi ajuizada pelo promotor de Justiça Wessel Teles de Oliveira. O promotor entende que existe também uma improbidade administrativa no fato. 

Na representação eleitoral, Wessel Teles de Oliveira afirmou que a prefeita Cássia Dourado tem utilizado o perfil institucional do município para fins eleitoreiros. Nas publicações do perfil oficial do município tem um vídeo em que foram capturadas imagens utilizadas como formas velada de propaganda eleitoral.

O promotor de Justiça explica que ação da prefeitura configura propaganda irregular antecipada, por meio de divulgação de publicações no perfil institucional e realização de carreata antes do período de propaganda eleitoral permitido em lei.

As publicações são lidas por Wessel Teles de Oliveira como promoção pessoal, ressaltando ressaltando o lançamento, a realização e a inauguração de obras no município, bem como o recebimento de máquinas e equipamentos. Nas postagens, a prefeita está acompanhada por deputados, secretários, vereadores, funcionários e moradores das regiões beneficiadas. 

Na ACP por ato de improbidade administrativa, o MP-GO requereu a condenação de Cássia Dourado com base na Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) e pagamento de R$ 100 mil por dano moral coletivo. A prefeita devem ainda retirar imediatamente todas publicações que contenha promoção o pessoal no perfil institucional do município de Santa Isabel no Facebook, em 24 horas, para cada dia de atraso será aplicada ena no valor de R$ 10 mil.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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