Modelo Home Office deve ser tendência após a pandemia

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o professor e coordenador da Universidade Estácio de Sá, Richardson Marques, falou sobre modelo home office em tempos de pandemia.

O home office foi uma das alternativas utilizadas pelas empresas para enfrentar o isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. Essa solução foi a forma encontrada para manter as atividades que precisaram ser interrompidas de forma presencial.

O professor e coordenador da Estácio de Sá explica que antes algumas empresas usavam para facilitar, e hoje é uma forma das empresas continuarem trabalhando. O professor acredita que mesmo após o fim da pandemia o modelo home office continuará. “Eu não tenho dúvidas disso. Se olharmos para as instituições e empresas já acontecia o home office em algumas situações”, diz Richardson Marques.

“Eu me pergunto porque as pessoas se deslocavam, no próprio estado de Goiás, 300 km, 400 km, para fazer uma reunião profissional. Nós hoje temos a certeza que a nossa infraestrutura possui dificuldades para deslocamento, o tempo é importante. Não só poder trabalhar em casa, mas encurtar distâncias”, explica o professor.

O professor explica que o ensino durante a pandemia não é fácil. “A gente precisa melhorar, buscamos capacitação. Precisamos melhorar, o professor tem que repensar a metodologia, conteúdo. Infelizmente nós tivemos que nos adaptar a isso. Nossa maior dificuldade é a infraestrutura. Existem alunos que não tem acesso a internet, nem mesmo computador, precisam utilizar celulares que limitam algumas vezes as atividades.”, diz Richardson.

O professor explica que é necessário os professores criarem curiosidade no aluno. “O professor necessita sentir esse prazer. Repensar as aulas. As pessoas precisam ter direito à informação. O governo deve intervir nas plataformas, fazer as operadoras entregar internet de qualidade.”, explica o diretor da Estácio de Sá.

É necessário que as empresas e instituições se reinventem. “As pessoas precisam entender que existe dificuldade nos acessos, precisa ter sensibilidade que cada um tem sua essência.”, explica o professor.

Confira a entrevista na íntegra:

 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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