EUA usam ‘maior bomba não-nuclear’ pela primeira vez

Uma semana após o lançamento de 59 mísseis na Síria, os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (13), pela primeira vez em um conflito, sua maior bomba não-nuclear, apelidada de “mãe de todas as bombas”, no Afeganistão. Segundo o Pentágono, o local bombardeado pelo governo de Donald Trump é uma área ocupada por terroristas do grupo Estado Islâmico.

O porta-voz do Departamento de Defesa americano, Adam Stump, explicou que a bomba MOAB GBU-43 possui 11 toneladas de explosivos e foi lançada por uma aeronave MC-130, operada pelo Comando de Operações Especiais da Força Aérea.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, declarou que o ataque foi realizado às 19h locais, aproximadamente 11h30 no horário de Brasília. “Os Estados Unidos levam muito a sério a luta contra o Estado Islâmico e, para destruir o grupo, temos que tirar espaço de operação dele, que foi o que fizemos”, declarou Spicer.

A “mãe de todas” foi lançada na província de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão. O objetivo foi atacar túneis e cavernas usadas pelo grupo extremista Estado Islâmico na região. “Esta é a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ímpeto da nossa ofensiva contra o ISIS-K”, disse o general John Nicholson, chefe das formas americanas e internacionais no Afeganistão, conforme a agência Reuters.

Segundo informações do Governo, a bomba foi desenvolvida durante a Guerra do Iraque.

*Com informações do G1

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos