A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios decidiu entrar de greve por tempo indeterminado. A paralisação começou às 22h da noite desta segunda-feira, dia 17.
Os grevistas seriam contra a privatização da estatal, reclamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia do Coronavírus e pedem outros direitos trabalhistas.
A entidade afirmou que desde junho tenta dialogar com a direção dos correiros sobre estes assuntos, mas o diálogo não teria ocorrido. Alegam também que, no mês de agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo, previsto para estar vigente até 2021.
De acordo com texto publicado no site da federação, “Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.”
Em comunicado, o secretário geral da federação, José Rivaldo Silva, declarou que “o governo Bolsonaro busca a qualquer custo vender um dos grandes patrimônios dos brasileiros, os Correios”.
A venda dos Correiros é pauta declarada do Ministro da Economia Paulo Guedes. O liberalista acredita que, se os correios não forem do Estado, os gastos seriam menores e outras empresas surgiriam no mercado, propiciando a concorrência, que por sua vez traria melhores serviços e preços mais baixos ao consumidor.