Governo de Goiás viabiliza inclusão de famílias Kalunga em projeto de acesso à água do governo federal

A primeira-dama Gracinha Caiado esteve em Brasília, nesta quarta-feira, 26, ao lado do presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, em visita ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. A visita teve o objetivo de discutir obras de acesso à água para famílias das comunidades Kalunga do Vão do Moleque e do Vão das Almas, região que fica entre as cidades de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre.

O acesso à água é uma demanda antiga das famílias da comunidade Kalunga, que por vezes precisam caminhar longas distâncias para conseguir o recurso. “É uma preocupação muito grande do governador Ronaldo Caiado que essas famílias, que por tantos anos foram negligenciadas pelo poder público, tenham acesso a seus direitos”, contou Gracinha Caiado, que também coordena o Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e é presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).

Segundo o ministro Onyx Lorenzoni, existe um processo de licitação aberto para construção de cisternas de água para famílias rurais de baixa renda, voltado para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A licitação citada pelo ministro faz parte do Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais (Programa Cisternas), financiado pelo Ministério da Cidadania, que promove o acesso à água a famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água, com prioridade para povos e comunidades tradicionais.

A Saneago já fez o levantamento e o projeto para a instalação das cisternas nas casas das 138 famílias do Vão do Moleque. O mesmo levantamento será feito agora em relação às famílias do Vão de Almas e em todas as 58 escolas de Goiás que não têm água. “Temos 58 escolas em Goiás [todas municipais] que não possuem água. Seja de cisterna ou encanada, de qualquer forma, o que importa é que as crianças recebam a água e de qualidade”, acrescentou Gracinha Caiado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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