Pesquisa mostra que Joe Biden não conseguiu avançar nas intenções de voto após convenção Democrata

O candidato Democrata e concorrente de Donald Trump nas eleições americanas não teve o prazer de ver suas intenções de voto crescerem após Convenção Nacional Democrata, na semana passada.

Segundo a Reuters, Biden apenas manteve o número nas pesquisas, com 47% do eleitorado do seu lado, contra 40% dos eleitores apoiando Trump. Na eleição passada, Hilary Clinton subiu quatro pontos percentuais depois da tradicional convenção do partido Democrata.

Parte desse resultado ruim para Joe Biden pode se dever ao fato de que o evento aconteceu de maneira remota e foi transmitido principalmente online, por causa do Coronavírus. Mas, apesar disso, o público continuou acompanhando como pôde.

Mas a vantagem do Democrata é simbólica: nos Estados Unidos, os números de votos absolutos não determinam o resultado das eleições, mas o número de delegados conquistados em cada estado. Os 50 estados americanos, por relevância econômica, têm, cada um, o seu número de delegados pré-definidos. Quem vence no estado, leva todos.

O candidato que vencer na Califórnia, por exemplo, leva todos os 55 delegados. Há estados que possuem apenas 3. É presidente, nos EUA, quem reúne maior número de delegados. O partido Republicano, de Trump, representa a direita americana. Os Democratas, de Biden, são a esquerda.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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