Protesto pede transferência do urso Robinho, do Zoológico de Goiânia, para São Paulo

Um protesto em frente ao Zoológico de Goiânia, ocorrido neste domingo, 30, pediu a transferência do urso Robinho para um santuário no interior de São Paulo. O ato reuniu ativistas, membros de entidades protetoras dos animais e outros moradores da capital que não concordam em manter o animal em Goiânia.

No protesto, uma manifestante se vestiu de urso, para representar Robinho, e, junto com os demais, carregou faixas que pediam “compaixão”. Os participantes do ato deram um abraço simbólico no Zoológico e, em seguida, fizeram uma carreata passando pelo Setor Oeste, pela Praça Tamandaré, Bosque dos Buritis e, ao final, deram uma volta na Praça Cívica.

Uma ação corre na Justiça para definir o destino do urso com decisões favoráveis tanto para a permanência quanto para a mudança de Robinho. A medida mais recente determina que o animal fique no Zoológico de Goiânia, onde vive desde que nasceu.

Na ação, a administração de Goiânia foi acusada de maus tratos ao animal, mas negou as denúncias. Recentemente, Robinho ganhou um novo espaço no Zoológico, maior do que onde costumava ficar.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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