Mulher é contratada por supermercado após dormir no estacionamento do estabelecimento

LaShenda viveu um ano em seu carro no estacionamento de um supermercado de Tennessee, nos Estados Unidos. A estadunidense, após perder sua casa ficou com seu veículo como seu único bem. Após ajuda de um supervisor, ela foi contrata pelo supermercado Kroger.

A mulher, que havia tido problemas com dependência química e ficou sem moradia, costumava dirigir pela cidade durante o dia e encontrava local seguro pela noite. De acordo com o “NBC Nightly News”, LaShenda sempre que possível estacionava no Kroger. “Eu inclinava meu assento todo para trás para que ninguém me visse, porque, você sabe, eu sabia que não deveria estar lá”, declarou a mulher. 

O supervisor da loja, Jackie Vandal, foi quem ofereceu emprego para mulher. No final de 2019, ele comentou que o supermercado realizaria novas contratações, a ajudou com o currículo e documentação. Ela foi uma das primeiras a chegar para entrevista. Para o supervisor, “você pode simplesmente dizer quando as pessoas são realmente genuínas”, disse.

LaShenda foi contratada em dezembro e atualmente auxilia e monitora os clientes em uma plataforma de compras que não precisa de caixa físico. Após oito meses, ela saiu do estacionamento e se mudou para um apartamento. Amigos do trabalho e da comunidade ajudaram doando móveis para casa.

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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