Supermercados no interior de São Paulo limitam quantidade de arroz por cliente

Na região de Campinas, interior de São Paulo, alguns supermercados têm limitado a quantidade de pacotes de arroz por cliente, O problema foi denunciados por consumidores das regiões de Campinas, Piracicaba, Americana e Sumaré, no interior do estado. Nos estabelecimentos foram colocados cartazes informando sobre o aumento do preço, R$ 19,99 a R$ 24,99, e sobre a quantidade máxima que pode ser adquirida, entre três e quatro pacotes.

“Me assustei quando vi o papel alertando sobre a quantidade. Parece que estamos num mundo pós-apocalíptico”, fala o estudante, Ricardo Pedrosa, 25 anos, cidadão de Americana. 

Mesmo comprando apenas um saco de arroz por mês, o estudante afirma estar indignado com a situação. “Parece como no começo da epidemia do coronavírus, quando todo mundo comprava muito papel higiênico. Acho que estão comprando em lote para não ter que pagar ainda mais caro. Ricardo Pedrosa, estudante de Americana (SP).”, declara.

Oficialmente, os estabelecimentos não consideram um desabastecimento, sendo esta limitação na compra de alguns produtos algo normal. 

A rede Pague Menos, com 16 supermercados, está restringindo na compra do arroz por cliente e declara que “é comum haver limitação de produtos por CPF, principalmente quando se trata de produto em oferta. Com isso, evitamos que ‘pequenos comerciantes’ comprem em volume e revendam com preços abusivos”, afirma o gerente executivo comercial, Junior Souza.

Souza diz que o supermercado comprou o arroz dos fornecedores com preço 40% mais alto, porém não repassou ajustes aos consumidores.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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