Alerta: pizzaria não pode cobrar o maior valor em pizza de dois sabores

Os restaurantes e as pizzarias não podem cobrar o maior valor no caso de pizza com dois sabores e com preços diferentes. O alerta é do Procon Goiânia, que iniciou esta semana uma operação para coibir a prática abusiva na Capital. Desde o começo da semana, fiscais do órgão já visitaram 30 estabelecimentos em toda a cidade para alertar sobre a recorrência da prática abusiva. Nesta quarta-feira, 19, às 19h30, o órgão, em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), fiscalizará as pizzarias da região do Setor Marista.

Segundo o superintendente do Procon municipal, José Alício de Mesquita, a cobrança é abusiva e fere o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, ao exigir do cliente vantagem excessiva. “O valor deve ser proporcional de cada produto. Quando os estabelecimentos cobram o valor da pizza de maior preço, eles estão ferindo a legislação vigente, pois o valor pago se torna oneroso para o consumidor e vantajoso para o empresário”, afirma.

De acordo com a orientação dada pelo Procon, supondo que a pizza de quatro queijos custe R$ 20 e a de frango, R$ 30, o cliente que pedir meio a meio deve pagar R$ 25, sendo R$ 10 da metade de quatro queijos e R$ 15, referente a de frango.

O gerente de cálculo e pesquisa do órgão, Rafael Gouveia, explica que, além de fiscalizar a cobrança abusiva, os agentes verificam a validade e acondicionamento dos produtos. “A fiscalização da prática do preço abusivo, neste primeiro momento, é educativa. No entanto, caso sejam encontrados alimentos impróprios ou inadequados os estabelecimentos são autuados”, informa.

A interpretação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme salienta José Alício, vale em todo o país. O consumidor goianiense que se sentir lesado com a compra ou aquisição de qualquer produto ou que queira realizar denúncias pode procurar a sede do Procon municipal para registrar a reclamação. “As denúncias que chegam ao órgão são todas apuradas e averiguadas. Para que isso ocorra, a população deve procurar a nossa sede, que fica localizada na Avenida Tocantins, número 191, no Setor Central, ou entrar em contato pelo telefone 3524-2949”, finaliza.

*Informações da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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