Funcionários do segmento de segurança e vigilância entram em greve no DF

Funcionários do segmento de vigilância e segurança do Distrito Federal decidiram entrar em greve a partir de hoje (19), após assembleia realizada na noite de ontem (18) que contou com quase 8 mil trabalhadores.

O Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do Distrito Federal (Sindesv) é contra a proposta de contratação de vigilantes horistas – empregados que recebem salário correspondente apenas ao valor-hora trabalhado.

Na avaliação do sindicato, a criação de postos para vigilantes horistas comprometerá diretamente o piso salarial da categoria. “Nos estados de Minas Gerais e do Paraná, onde foi implementada essa proposta dos funcionários horistas, começou com um número de 15% de toda a categoria, hoje já são mais de 60%. Ou seja, a intenção é substituir o mensalista”, disse o diretor do sindicato Gilmar Rodrigues.

O Sindicato das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores do DF (Sindesp) diz que não há “fundamento” para a greve, pois os pagamentos estão em dia.

Com relação à proposta de criação de vagas para funcionários horistas, o presidente do Sindesp, Irenaldo Pereira Lima, disse que vê a medida com bons olhos, tendo em vista a crise que o país atravessa. “A criação do posto de funcionários horistas poderia gerar até 2099 novas vagas de trabalho para a população que está buscando emprego aqui no DF.”

O Sindesv afirma que a greve segue por tempo indeterminado, mas que está disposto a dialogar, desde que a proposta de criação dos funcionários horistas não seja imposta. Até o momento, segundo informações do sindicato, 80% dos funcionários de segurança e vigilância (cerca de 18mil) já aderiram à greve.

Os trabalhadores da área de vigilância atuam na segurança de bancos, hospitais, escolas, órgãos públicos e empresas privadas.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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