MP protocola ACP para obrigar CMTC a aumentar número de ônibus circulando em horário de pico

Nesta terça-feira, 15, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) protocolou ação civil pública (ACP) que objetiva obrigar a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) a aumentar o número de ônibus rodando durante horários de pico em Goiânia. Segundo o MP, a ação visa evitar aglomerações no interior do ônibus e nos pontos de parada durante a pandemia da Covid-19.

Além do distanciamento obrigatório, a promotora de justiça, Maria Cristina de Miranda, pediu na ação que a CMTC realize limpeza rápida de bancos, roletas e corrimões, no mínimo, ao término de cada viagem.

O MP-GO pediu que Companhia realize limpeza e sanitização de todos os terminais de ônibus da capital. A CMTC deve reportar toda semana, à Justiça, em relação ao cumprimento das medidas.

Segundo Maria Cristina, os usuários do transporte público em Goiânia sofrem com a superlotação nos ônibus, temendo serem contaminados pela Covid-19. A promotora afirma que a CMTC não está cumprindo o Regulamento Operacional da RMTC/RMG, aprovado pela Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo.

“É evidente a superlotação, principalmente em horário de pico, em desencontro com as orientações dos órgãos de saúde”, declarou Maria Cristina.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp