Candidatos a prefeito de São Paulo nas eleições 2020; veja a lista

Veja nomes definidos em convenção de candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições 2020, em ordem alfabética:

Andrea Matarazzo (PSD) – 55

Andrea Matarazzo é oficializado como candidato à Prefeitura de SP — Foto: Reprodução

Andrea Matarazzo é oficializado como candidato à Prefeitura de SP — Foto: Reprodução

O Partido Social Democrático (PSD) oficializou no dia 31 de agosto o nome de Andrea Matarazzo como candidato a prefeito de São Paulo. A candidata a vice será Marta Costa.

A convenção ocorreu no Diretório Municipal do PSD, no antigo edifício Joelma, na Rua Santo Antônio, no Centro de São Paulo, com a presença apenas do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, e de Marta Costa. O partido não se coligará a nenhum outro.Paulistano de 63 anos, Andrea Matarazzo é formado em administração de empresas. Ex-vereador, foi líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo até se filiar ao PSD, em março de 2016.

Matarazzo foi embaixador e ministro da Comunicação no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em São Paulo, foi secretário de estado de Energia, secretário de Cultura e presidente da Cesp. No município de São Paulo atuou como subprefeito da Sé; secretário municipal de Serviços e secretário das Subprefeituras.

Antonio Carlos (PCO) – 29

Antonio Carlos, candidato do PCO à Prefeitura de SP — Foto: PCO/reprodução

Antonio Carlos, candidato do PCO à Prefeitura de SP — Foto: PCO/reprodução

O Partido da Causa Operária (PCO) oficializou no sábado (12) a candidatura de Antonio Carlos Silva à Prefeitura de São Paulo. O anúncio ocorreu durante convenção realizada virtualmente neste sábado. O candidato a vice é Henrique Áreas.

Antônio Carlos Silva é professor da rede pública estadual e tem 57 anos. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e iniciou a militância política em comunidades eclesiais de base da Igreja Católica.

Natural do Rio de Janeiro, mudou-se para São Paulo há pouco mais de 30 anos e integra a executiva nacional do PCO.

Arthur do Val (Patriota) – 51

O deputado estadual Arthur do Val, do Patriota, durante discurso na Alesp, em São Paulo.  — Foto: Divulgação/Alesp

O deputado estadual Arthur do Val, do Patriota, durante discurso na Alesp, em São Paulo. — Foto: Divulgação/Alesp

O partido Patriota oficializou dia 7 de setembro a candidatura do deputado estadual Arthur do Val à Prefeitura de São Paulo. Na convenção, a legenda também lançou Adelaide Oliveira como candidata a vice na chapa do deputado, conhecido nas redes sociais como “Mamãe Falei” por causa do canal dele no Youtube.

Natural de São Paulo, Arthur Moledo do Val tem 34 anos e estudou Engenharia Química na Escola de Engenharia Mauá, tornando-se empresário nos ramos de reciclagem de resíduos metálicos, transportes, combustíveis, construção civil e estacionamento.

Membro do Movimento Brasil Livre (MBL), ele foi eleito deputado estadual em São Paulo em 2018 com 478.280 votos. Além de parlamentar, o candidato é conhecido por seu canal de internet, chamado “Mamãe Falei”, que tem cerca de 2,6 milhões de inscritos.

Bruno Covas (PSDB) – 45

Bruno Covas, prefeito de SP e candidato à reeleição — Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Bruno Covas, prefeito de SP e candidato à reeleição — Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) oficializou no sábado (12) a candidatura de Bruno Covas à reeleição à Prefeitura de São Paulo. O anúncio ocorreu durante convenção realizada em dois formatos, presencialmente e virtualmente, neste sábado. O vereador Ricardo Nunes (MDB) será o candidato a vice-prefeito na chapa de Covas.

Com 40 anos, Bruno Covas nasceu em Santos, no litoral paulista, e é neto do ex-governador paulista Mário Covas. Advogado, formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e também em Economia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.

Eleito como vice-prefeito em 2016, assumiu a Prefeitura de São Paulo em abril de 2018, quando João Doria deixou o cargo para concorrer ao governo do estado.

Em sua carreira política, Covas foi deputado estadual e atuou como secretário estadual de Meio Ambiente durante a gestão de Geraldo Alckmin no governo do estado, entre 2011 e 2014.

Foi eleito deputado federal em 2014, deixando o cargo em 2017, quando aceitou concorrer com Doria na chapa do PSDB à Prefeitura de São Paulo.

O prefeito foi internado pela primeira vez no dia 23 de outubro de 2019, quando chegou ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com erisipela (infecção na perna), que evoluiu para trombose venosa profunda (coágulos) na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando o que é chamado de embolia.

Durante os exames para localizar os coágulos, médicos detectaram um câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e gânglios linfáticos. O prefeito passou por sessões de quimioterapia e imunoterapia.

Em junho de 2020, durante a pandemia de coronavírus, Bruno Covas foi diagnosticado com Covid-19 e trabalhou em casa por 2 semanas, até se recuperar da doença.

Em 7 de agosto, o último boletim médico divulgado pela equipe responsável pelo tratamento de câncer de Covas informou que o prefeito continuaria realizando sessões de imunoterapia. A nona sessão do tratamento foi realizada em 12 de agosto. Os médicos afirmaram, na ocasião, que ele “está em plena saúde e liberado para realizar atividades pessoais e profissionais sem restrições”.

Celso Russomanno (Republicanos) – 10

Celso Russomanno (Republicanos) em foto de dezembro de 2019. — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Celso Russomanno (Republicanos) em foto de dezembro de 2019. — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O partido Republicanos oficializou em 16 de setembro a candidatura de Celso Russomanno à Prefeitura de São Paulo. O anúncio ocorreu durante convenção virtual do partido.

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) São Paulo Marcos da Costa, que havia sido apontado como candidato à Prefeitura pelo PTB, será o postulante a vice-prefeito na chapa de Russomanno. Marcos da Costa participou do evento, ao lado de Russomanno, e disse ter desistido da candidatura individual.

Paulistano, Celso Russomanno, de 64 anos, disputa pela terceira vez a Prefeitura de São Paulo. O candidato concorreu nas eleições em 2012 e 2016. Ele está no sexto mandato como deputado federal.

Em 2016, quando concorreu à Prefeitura de São Paulo, liderou as pesquisas durante o primeiro primeiro turno, mas terminou o pleito em 3ª posição no primeiro turno, com quase 790 mil votos (13,64% dos votos válidos).

Em 2017, Russomanno foi investigado por supostamente ter recebido R$ 50 mil da Odebrecht dinheiro não contabilizado na campanha eleitoral de 2010, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2018, o Ministério Público Federal (MPF) pediu que o inquérito fosse enviado à Justiça Eleitoral de São Paulo. Russomanno negou as acusações. Afirma que os delatores “falseiam com a verdade”, já que ele não se candidatou a deputado naquele ano, mas, sim, a governador.

Filipe Sabará (Novo) – 30

Filipe Sabará  — Foto: Reprodução/TV Globo

Filipe Sabará — Foto: Reprodução/TV Globo

O Partido Novo oficializou em 5 de setembro a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo. A votação foi realizada no estacionamento da Câmara Municipal, na região central, por meio de sistema drive-thru. A economista Marina Helena será a vice na chapa do Novo na capital paulista.

Formado em marketing e pós-graduando em Gerência de Cidades pela FAAP, Filipe Sabará tem 37 anos e foi secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a gestão do prefeito João Doria (PSDB).

Com a eleição de Doria para o governo de SP, Sabará passou a presidir o Fundo Social do Estado de São Paulo, onde ficou até outubro de 2019.

Ele também é fundador da empresa de cosméticos naturais Reload Beleza Positiva, que reutiliza garrafas PET de água mineral como embalagem de produtos de beleza.

Guilherme Boulos (PSOL – 50)

PSOL lança Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo em convenção realizada no bairro do Campo Limpo, periferia da Zona Sul de São Paulo. — Foto: Reprodução

PSOL lança Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo em convenção realizada no bairro do Campo Limpo, periferia da Zona Sul de São Paulo. — Foto: Reprodução

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) oficializou a candidatura de Guilherme Boulos no dia 5 de setembro, durante a convenção realizada em um campo de futebol da comunidade Morro da Lua, na região do Campo Limpo, periferia da Zona Sul de São Paulo. O PSOL também ratificou a candidatura da deputada federal Luiza Erundina, ex-prefeita da capital entre 1989 e 1993, como vice na chapa de Boulos.

Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e membro da direção do movimento de esquerda “Frente Povo Sem Medo”, Guilherme Boulos tem 38 anos e nasceu em São Paulo. Filósofo, professor, ativista e psicanalista, graduou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), onde ingressou em 2000.

Especializou-se em Psicologia Clínica pela PUC/SP e também é mestre em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP. Boulos foi professor da rede pública de ensino do estado de São Paulo, da Faculdade de Mauá e da Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Em 2018, Boulos também concorreu à Presidência da República pelo PSOL e obteve 617 mil votos, ou 0,58% do total de válidos no primeiro turno.

Jilmar Tatto (PT) – 13

Jilmar Tatto foi confirmado como candidato do PT à Prefeitura de SP neste sábado (12) — Foto: Reprodução

Jilmar Tatto foi confirmado como candidato do PT à Prefeitura de SP neste sábado (12) — Foto: Reprodução

O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou no sábado (12) a candidatura de Jilmar Tatto à Prefeitura de São Paulo.

Ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad, Tatto fez seu primeiro discurso como candidato à prefeitura paulistana de cima de uma laje, na Zona Sul da capital. Integrantes do PT e jornalistas acompanharam o discurso por meio da transmissão em um telão montado na sede do diretório municipal, na Bela Vista, região central da cidade.

Joice Hasselmann (PSL) – 17

A deputada federal Joice Hasselmann durante lançamento da candidatura dela à Prefeitura de São Paulo pelo PSL. — Foto: Reprodução/TV Globo

A deputada federal Joice Hasselmann durante lançamento da candidatura dela à Prefeitura de São Paulo pelo PSL. — Foto: Reprodução/TV Globo

O Partido Social Liberal (PSL) oficializou no dia 31 de agosto a candidatura da deputada federal Joice Hasselmann à Prefeitura de São Paulo. O anúncio ocorreu no Diretório Municipal do Partido nos Jardins, área nobre de São Paulo. O candidato a vice foi escolhido dois dias depois e será Ivan Leão Sayeg, herdeiro da Casa Leão Joalheria.

Natural de Ponta Grossa, no Paraná, Joice Hasselmann é jornalista. Ingressou na carreira política em abril de 2018, quando se filiou oficialmente ao PSL. Naquele ano lançou candidatura a uma vaga na como deputada federal para representar São Paulo e foi a segunda parlamentar mais votada no estado, com mais de um milhão de votos.

A parlamentar chegou a ser líder do governo na Câmara dos Deputados, mas rompeu com Jair Bolsonaro e foi tirada por ele do cargo, devido a divergências políticas com os filhos do presidente. Atualmente se classifica como “anti Bolso e anti Lula”.

Levy Fidelix (PRTB) – 28

Levy Fidelix (PRTB) — Foto: Fábio Tito/G1

Levy Fidelix (PRTB) — Foto: Fábio Tito/G1

O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) oficializou no dia 31 de agosto, a candidatura de Levy Fidelix à Prefeitura de São Paulo. O anúncio aconteceu por meio de uma convenção virtual. Essa é a quinta vez que o político disputa uma vaga para a chefia do executivo da cidade de São Paulo. O candidato a vice na chapa é Jairo Glikson.

A convenção foi fechada e realizada na sede do partido, em Moema, na Zona Sul de São Paulo. Não há coligação prevista.

O jornalista José Levy Fidelix da Cruz, de 68 anos, entrou na política em 1985. Naquele ano, participou de sua primeira eleição, disputando uma vaga para deputado federal pelo PL, mas perdeu.

Em 1989, migrou para o PTR e atuou como assessor da campanha de Fernando Collor à Presidência. No ano seguinte, tentou mais uma vez vaga na Câmara dos Deputados, mas não foi eleito. Dois anos depois, criou o PRTB e se tornou presidente do partido.

Tentou sua primeira eleição para prefeito de São Paulo em 1996, com o projeto do aerotrem, pelo qual ficou conhecido, depois concorreu em 2008, 2012 e 2016. Também disputou vagas ao governo do estado e concorreu à presidência em 2010 e em 2014.

Márcio França (PSB) – 40

Márcio França participa de evento em São Paulo. — Foto: Glauco Araújo/G1

Márcio França participa de evento em São Paulo. — Foto: Glauco Araújo/G1

O ex-governador de São Paulo, Márcio França, foi lançado em 11 de setembro como candidato do PSB à prefeitura da capital, após convenção do partido realizada na Câmara Municipal.

Nascido em São Vicente (no litoral de São Paulo), França tem 57 anos e é formado em Direito. Ele foi vereador de São Vicente (1992 e 1996) e prefeito da cidade por dois mandatos. Em 2017, assumiu como deputado federal. Foi coordenador das campanhas à presidência de Anthony Garotinho (2002) e Eduardo Campos (2014).

Durante o mandato do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) atuou como secretário de Turismo (2010) e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (2015) do estado de São Paulo. Em 2018, era vice de Alckmin e assumiu como governador durante 8 meses após o tucano deixar o governo para concorrer à Presidência. Tentou a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, mas perdeu a disputa para João Doria (PSDB).

Marina Helou (Rede) – 18

A deputada estadual Marina Helou durante convenção virtual da Rede Sustentabilidade, onde foi oficializada candidata do partido à Prefeitura de São Paulo nesta terça-feira (15). — Foto: Reprodução

A deputada estadual Marina Helou durante convenção virtual da Rede Sustentabilidade, onde foi oficializada candidata do partido à Prefeitura de São Paulo nesta terça-feira (15). — Foto: Reprodução

A Rede Sustentabilidade oficializou no dia 15 de setembro a candidatura da deputada estadual Marina Helou à Prefeitura de São Paulo. O anúncio aconteceu durante a convenção do partido realizada virtualmente, na qual a sigla anunciou que não fará coligações com outros partidos e terá Marco Di’Preto como vice.

Marina Helou tem 33 anos e é formada em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela tem especialização em negócios e sustentabilidade e é mãe de um menino de 3 anos.

Atualmente, Helou é deputada estadual, eleita pela Rede em 2018. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o foco dela é na defesa da primeira infância, da Segurança Pública, da água e do direito ao saneamento e também na defesa dos direitos das mulheres no estado de São Paulo.

Orlando Silva (PCdoB) – 65

O presidente do PCdoB, Vander Geraldo da Silva, o candidato à Prefeitura pelo partido, Orlando Silva, durante convenção que lançou a candidatura neste sábado (5) em SP — Foto: Gabriela Gonçalves/G1

O presidente do PCdoB, Vander Geraldo da Silva, o candidato à Prefeitura pelo partido, Orlando Silva, durante convenção que lançou a candidatura neste sábado (5) em SP — Foto: Gabriela Gonçalves/G1

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) oficializou em 05 de setembro a candidatura do deputado federal Orlando Silva à prefeitura da capital paulista. Baiano de nascimento, o parlamentar tem 49 anos e será o primeiro candidato do PCdoB ao Executivo municipal de São Paulo.

Ele foi ministro dos Esportes entre 2006 e 2001, durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Também foi vereador de São Paulo (2013-2015) e está no segundo mandato como deputado federal.

Silva mora em São Paulo desde 1992, quando se tornou dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE) – entidade que ele próprio presidiu de 1995 a 1997. Ele também é fundador da União de Negros pela Igualdade (Unegro).

Vera Lúcia (PSTU) – 16

Vera Lúcia durante oficialização de sua candidatura durante convenção virtual — Foto: Reprodução

Vera Lúcia durante oficialização de sua candidatura durante convenção virtual — Foto: Reprodução

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) oficializou neste sábado (12) a candidatura de Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado à Prefeitura de São Paulo. O anúncio ocorreu durante convenção virtual realizada pela sigla.

O candidato a vice-prefeito na chapa com Vera Lúcia será o professor Lucas.

Natural de Inajá, em Pernambuco, Vera Lúcia tem 52 anos e foi candidata pelo partido à presidência da República em 2018, quando obteve cerca de 55 mil votos válidos.

Foi presidente estadual do PSTU no estado de Sergipe. É formada em Ciências Sociais em Sergipe e trabalhou como garçonete e datilógrafa. Integrou movimentos sindicais e estudantis.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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