Lula diz que “se puder” será candidato à presidência

Em entrevista à Rádio Fan, de Sergipe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende disputar as eleições presidenciais de 2018. “Vamos esperar o tempo passar para saber se eu posso ser candidato”, disse o petista. Lula não citou os cinco processos nos quais é réu, mas fez um adendo: “Se puder, serei candidato”.

Pela Lei da Ficha Limpa, um cidadão condenado em 2ª instância não pode se candidatar. Como ainda não foi condenado em nenhum dos processos, o ex-presidente ainda pode ser candidato.

O petista declarou ser cedo para comentar seu desempenho nas pesquisas “porque ainda faltam praticamente dois anos para a eleição”. “Tenho condições de ganhar as eleições porque eu sei cuidar dos humildes”, considerou Lula.

Depoimento

Em duas semanas, o petista tem depoimento marcado na 13ª Vara Federal de Curitiba. O ex-presidente se diz tranquilo para se encontrar com o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. “Não tenho que provar minha inocência. Eles têm que provar minha culpa”, alegou.

O petista mantém as afirmações de que não há nada contra ele. “Duvido que encontrem 50 centavos meus em qualquer lugar do mundo”, disse. As acusações que pesam contra Lula são de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. As investigações apontam que ele seria responsável por comandar uma estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, apoiada na distribuição de cargos públicos na administração pública federal.

Com informações do UOL

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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