Sangue do Papa João Paulo II é roubado na Itália

O Papa João Paulo II se tornou Santo na igreja católica em abril de 2014. Desde então, relíquias suas foram espalhadas por muitas igrejas no mundo todo. Mas nesta semana, um crime em particular horrorizou os católicos italianos: uma ampola contendo o sangue do antigo pontífice foi roubada numa igreja de Spoleto, Umbria, no centro da Itália.

As informações do Vaticano ainda afirmam que a polícia abriu imediatamente uma investigação. A igreja furtada disse que a atitude desapontou os fiéis que peregrinam de longe até o local, por causa da relíquia.

“Espero que se trate de um gesto superficial, que não pretendia ofender a sensibilidade dos fiéis”, disse o arcebispo Renato Boccardo. Mas casos como este estão cada dia mais comuns.

Na mesma semana, na região da Sicília, sites católicos publicaram que a catedral de Santa Ágata teve o altar destruído e as hóstias pisadas. Informações não confirmadas falam de violação do corpo de Ágata, enterrado no local.

Ágata, que viveu no século III, foi a Santa mais antiga da igreja católica a ter o corpo encontrado incorrupto oito séculos após seu falecimento, sem práticas de conservação. O fenômeno incomum que acontece com alguns santos enlouquece a ciência: Santa Cecília, Santa Catarina ou ainda Santa Rita de Cássia tem seus corpos preservados até hoje, apensar da passagem do tempo.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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