Presidente do TJGO suspende liminares que permitiam retomada presencial de pré-escolas

Nesta sexta-feira, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Walter Carlos Lemes suspendeu decisões proferidas por dois juízes de Varas das Fazendas Públicas Municipais (José Proto de Oliveira e Jussara Cristina Oliveira Lousa) que liberam a retomada das atividades de prés-escolas, que atendem crianças entre zero e cinco anos.

A medida é um recurso da Procuradoria-Geral do Município de Goiânia (PMG), que alegou que o Supremo Tribunal Federal estabeleceu o entendimento que os Estados possuem competência concorrente e os Municípios possuem competência suplementar para, durante o período da pandemia, adotarem medidas restritivas, especificamente sobre a suspensão e o modo das atividades de ensino.

A PGM sustentou que os Decretos Estaduais e Municipais, respectivamente, nº 9.653/20 e 1.313/20, que estão vigorando, proíbem o funcionamento de atividades educativas presencial. Somente após a promulgação de decretos permitindo a reabertura, a Secretaria Municipal de Saúde, mediante Portaria e Nota Técnica, publicará protocolos específicos a serem seguidos pelas escolas para retomada das atividades.

Walter Carlos afirmou que neste momento a prevenção imediata é fundamental e talvez seja a única forma para não se perder o controle da propagação do vírus. Acrescentou que o  “o deferimento das decisões liminares fustigadas impõem risco à proteção da saúde, da segurança e da ordem pública, mormente, ao direito à vida da população goiana”.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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