“Teremos lá dentro um pastor”, afirma Bolsonaro sobre segunda indicação ao STF

Nesta segunda-feira, 05, durante aniversário do presidente da Assembleia de Deus, na sede da igreja em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que sua próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) será um pastor.

O presidente disse que foi precipitado as críticas por  não ter indicado um evangélico para a vaga de Celso de Mello. “A segunda vaga, [cuja indicação ocorrerá] em julho do ano que vem, com toda certeza, mais que um terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos lá dentro um pastor”, afirmou o presidente, que recebeu aplausos.

“Imaginemos as sessões do Supremo Tribunal Federal começarem com orações”, falou o presidente. “Isso não é mérito meu, é mérito de Deus”, acrescentou.

Durante comemoração dos 86 anos de José Wellington.presidente nacional da Assembleia de Deus, ele afirmou que já tinha recebido recado sobre o tema. “Aqui todos nós somos terrivelmente evangélicos”, disse um dos oradores a Bolsonaro, em relação à escolha do próximo ministro do STF.

O evento contou com a presença do prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, seu concorrente Andrea Matarazzo (PSD) , cuja vice, a deputada estadual Marta Costa (PSD-SP), é filha do homenageado, os ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Milton Ribeiro (Educação) e o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD). 

Foto: Reprodução

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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