Operação Vendilhões: MP-GO acredita que a defesa induziu os integrantes da 1ª Câmara Criminal do TJGO a erro

Nesta quinta-feira, 08, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou uma entrevista coletiva sobre o trancamento da investigação da Operação Vendilhões.

O chefe do Ministério Público de Goiás, procurador-geral de Justiça Aylton Flávio Vechi, e os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Sebastião Marcos Martins e Sandro Halfeld Barros falaram sobre a decisão da 1ª Câmara Criminal do TJGO de trancar a investigação da Operação Vendilhões.

Durante a entrevista coletiva, o promotor de justiça Sandro Henrique Silva Halfeld Barros informou que não houve arquivamento ou absolvição dos investigados, mas o trancamento dos PICs instaurados. “O arquivamento ocorre quando o MP manifesta que não tem crime. Trancar é obstar, é parar a investigação. Não é absolvição, já que não teve processo. Estamos impedidos de permanecer com a investigação”, explicou. O promotor acrescentou que o MP-GO discorda da decisão, respeita o que os desembargadores acordaram, porém acredita que a defesa induziu os integrantes da 1ª Câmara Criminal do TJGO a erro.

De acordo com o promotor, não estava sendo investigada a compra de fazendas pelas Afipes, mas se o dinheiro foi desviado para outras finalidades.

Assista a coletiva completa:

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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