Após morte de menino, moradores do Alemão protestam contra violência

Moradores da comunidade da Grota, no Complexo do Alemão, realizam na tarde desta terça-feira (25) uma manifestação pedindo o fim da violência e os enfrentamentos entre policiais militares e criminosos que controlam o tráfico de drogas na região. A manifestação com faixas e cartazes pedindo o fim da violência no Alemão interditou o tráfego na Estrada do Itararé e na Rua Joaquim de Queiróz, um dos acessos à comunidade.

O ato é em protesto pela morte do adolescente Paulo Henrique Oliveira de Moraes, 13 anos, que morreu na manhã de hoje no hospital, depois de ter sido atingido na barriga ontem (24), durante uma troca de tiros entre policiais e traficantes de drogas.

Além de Paulo Henrique, outros três moradores da comunidade morreram durante os tiroteios na região, que começaram na última sexta-feira (21). Três policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ficaram feridos – um deles em estado grave.

A ação do Bope foi para a instalação de uma torre blindada na localidade conhecida como Largo do Samba, na Favela Nova Brasília, ponto de frequente enfrentamento entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região e criminosos.

Hoje, a Polícia Militar faz uma grande operação contra o tráfico de drogas no Complexo de Favelas do Alemão para tentar prender líderes do tráfico de drogas na região.

Por medida de segurança, as escolas públicas municipais do Alemão não funcionaram hoje e quase 4 mil alunos ficaram sem aula. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três escolas, uma creche e seis Espaços de Desenvolvimento Infantil estão sem atendimento. As unidades de ensino atendem a 3.936 estudantes.

A PM informou que até o momento não tem um balanço da operação no Alemão.

Fonte: Agência Brasil

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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