A incrível história de João Paulo II: o Papa peregrino

No dia 22 de outubro a igreja católica comemora a festa litúrgica de São João Paulo II. Nascido em 1920, em Wadowice, na Polônia, Karol Wojtyla teve uma vida difícil e repleta de fé. Seu nome está nos assuntos principais do Google nesta quinta-feira, 22.

Aos 8 anos de idade, sua mãe Emília faleceu. Alguns anos mais tarde, seu irmão mais velho, Edmund, que era médico, morreu de uma doença infecciosa. Karol e seu pai então se mudaram para a Cracóvia. Aos 19 anos, foi recrutado para lutar contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

No meio da guerra, em 1941, seu pai tem um ataque cardíaco e deixa o futuro papa sem família no mundo. Na época da guerra, viu muitos de seus amigos judeus serem assassinados pelos nazistas.
Há relatos de que o papa carregou muitos judeus feridos, nas costas, para fugir dos alemães. Quando foi atropelado por um caminhão, em meio à guerra, sobreviveu e viu nisto um chamado para o sacerdócio.

Muito culto, o rapaz era apaixonado por literatura e atuava num grupo de teatro, até entrar para o sacerdócio clandestino, que era perseguido pelos comunistas. Trabalhava de dia numa fábrica de pedras e estudava à noite. Também era muito esportista: já Papa, esquiava, escalava e fazia canoagem.

João Paulo II teve o terceiro maior pontificado da história, ficando 26 anos na cadeira de São Pedro, de 1978 até sua morte, em 2005. É uma das mais influentes personalidades do século XX e viveu sua vida espalhando mensagens de amor e esperança.

“Não tenha medo!”: era o lema do Papa peregrino.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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