Acusado de estuprar e matar funcionária da Comurg é condenado

Nesta quinta-feira, 22, o Tribunal do Júri de Goiânia condenou Péricles Teodoro da Silva a 26 anos de prisão por estuprar e matar a pauladas Ilma Gonçalves Ferreira, funcionária da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida. A acusação foi realizada  pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos.

Péricles da Silva foi condenado a 18 anos de prisão pelo crime de homicídio e 8 pelo estupro. Ele não estava presente no julgamento. Segundo o magistrado, a Defensoria Pública acatou o pedido do réu para não comparecer no julgamento.

Os jurados não acataram a tese da defesa de mudar o crime de estupro para vilipêndio de cadáver, assim como rejeitaram a alegação de semi-imputabilidade do réu.  Foi reconhecido que o crime foi praticado por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, o que foi sustentado pelo promotor de Justiça.

O crime

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás, o crime ocorreu em 17 de dezembro de 2018, no Parque Anhanguera, enquanto a vítima trabalhava. No dia do crime, de acordo com os autos, o réu tentava furtar um veículo, quando, coincidentemente, a vítima passava pelo local e notou a conduta suspeita de Péricles e sua tornozeleira eletrônica. Ela chamou a atenção de um motorista que estava parado verificando os pneus do carro sobre a conduta suspeita do réu.

Segundo a denúncia, Péricles ficou aborrecido com a vítima ter atrapalhado seus planos, em seguida, ele a seguiu e conduziu a vítima para uma área de vegetação, onde abusou sexualmente dela. Em seguida, desferiu vários golpes usando um pedaço de madeira, matando-a.

Foto: Reprodução

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp