Bolsonaro participa da apresentação da aeronave F-39E Gripen em Brasília

Nesta sexta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro participou de cerimônia em que a Força Aérea Brasileira (FAB) apresentou a aeronave F-39E Gripen, na Base Aérea de Brasília. Essa é a primeira das 36 36 aeronaves do contrato firmado, em 2014, com a fabricante sueca Saab para renovar a frota brasileira.

O Brasil possui atualmente, majoritariamente, caças americanos F-5, fabricados na década de 1970. Os operadores são em esquadrões, distribuídos nas regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

As aeronaves devem começar a operar no final de 2021. O investimento da FAB é de R$ 24 bilhões, em valores atualizados, com financiamento de 25 anos. Seguindo o cronograma de pagamento e de produção, em 2026,  todas as unidades estarão na Base Aérea de Anápolis (GO).

O evento desta sexta-feira foi em homenagem ao dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira. A data escolhida comemora os 114 anos do primeiro voo do 14-Bis, que ocorreu em 1906, em Paris, comandado por Alberto Santos-Dumont.

Protagonista de desentendimento público em rede nacional, os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, estavam presentes no evento. Durante a cerimônia,  Bolsonaro abraçou Salles enquanto Ramos permanecia ao lado dos dois.

Foto: julio Nascimento/PR

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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