“Aquela planta que prende, que todo mundo odeia, com quatro dias trouxe qualidade de vida para a minha família”, afirma filho que utiliza extrato de maconha no tratamento de Alzheimer do pai

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, Filipe Barsan Suzin, criador do perfil @curandoivo falou sobre o tratamento de Alzheimer com óleo extraído da maconha que realizou no seu pai, o seu Ivo. O caso viralizou após Filipe gravar vídeos que mostram a melhora de seu pai, de 58 anos, viralizando na web e atingindo mais de 10 milhões de visualizações

Felipe Barsan explica que para a sua família a maconha não destrói famílias, mas sim reconstruí. “A destruição vem por um impacto social da criminalização, falta um entendimento sobre esse assunto. O importante é focarmos na família. O vídeo teve uma viralização por mostrar o trabalho da família, não só do paciente. Ali não é enxergado apenas o Felipe ou apenas o seu Ivo, a gente enxerga outras milhões de famílias que estão passando por este processo, que possui Alzheimer ou outra doença. A gente sabe que é difícil, e se coloca na situação, é uma reconstrução tão grande, é uma melhora que não teve em anos em fármaco.”, relata.

O filho relata sobre o processo da chegada do remédio para o pai. “O medicamento surgiu após uma luta de vários anos, eu tento colocar esse tratamento de maconha no meu pai desde 2013, só que eu sempre tive a dificuldade de conversas com médico. Eu também sou paciente, me trato há mais de dez anos na leucemia, nesse processo eu descobri a maconha medicinal para o meu tratamento. Desde 2013 eu comecei a luta, tentei conversar com médicos mas fui cortado, comecei o cultivo em casa mas tive que cessar ele porque minha mãe ficou com medos dos riscos por não ter apoio médico. De 2013 até 2018 eu não tive nenhum apoio, a gente ficou usando fármacos ainda, escutando os médicos falarem que vão acalmar e não tinha solução para ele. Esse vídeo que viralizou, era um senhor que estava num processo final da doença, muito agressivo, que chegou num momento que eu achei que ele iria vegetar, que ele não tinha vida, que meu pai tinha ido embora. É uma luta, uma hipocrisia, meu pai deveria ter uma melhora a muitos anos atrás de não conseguir chegar por causa de todo preconceito. Para chegar em 2018, quando conhecemos nosso anjo no momento que eu estava para largar tudo e falar para minha mãe ‘vamos internar meu pai, levá-lo para um lugar, porque é perigoso’, estava num momento que escutava barulho dos vizinhos e saia correndo com medo do meu pai estar batendo na minha mãe ou em alguma coisa.”, declara.

“Meu pai nos fármacos estava no estágio final quando os médicos pediam para adotar dose, ele estava dopado, na metade de 2018 começamos a fazer outro tratamento, um mais natural, fizemos um desmame de todos fármacos, fizemos tratamento só com vitaminas, nisso ele teve uma volta. Percebemos que o que colocava ele naquele nível dopado era os medicamentos, por isso decidimos abandonar, porém isso trouxe uma agressividade. O vídeo mostra o início da melhora de um tratamento, mas ali é um senhor de 1,80m, que pesa 100kg, é agressivo, não conseguia se alimentar sozinho, não dorme, não entende que precisa ir no banheiro por isso defeca na casa. O vídeo viralizou por mostrar o sofrimento da família e depois uma esperança, o início do tratamento que é quando a gente começou exclusivamente com a planta inteira da maconha.”, acrescenta.

Felipe Barsan afirma que em quatro dias de tratamento com a maconha teve mais resultado que todos tratamentos utilizados remédios. “Não é rápido para todo mundo. No nosso caso, na nossa história, com quatro dias, meu pai que não se alimentava, estava se alimentando sozinho. Aquela planta que prende, que todo mundo odeia, com quatro dias trouxe qualidade de vida para a minha família. Uma qualidade que buscamos com vários médicos, em vários estados, que tivemos condição de buscar, mas que uma planta do nosso jardim trouxe em quatro dias. Cada dia a gente se surpreendia com a melhora. Os primeiros três meses ele já dormia, comia sozinho na mesa, ele não agride mais ninguém, agora ele é o dia todo sorrindo.”, declara.

Assista o vídeo:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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