Dia nacional do livro: “O livro físico, o papel, gera afeto para as pessoas”, afirma escritor

Em entrevista ao jornal Diário do Estado Sandro Arquejada, o apresentador, escritor e analista de conteúdo na Editora Canção Nova, Sandro Arquejada, conversou sobre até quando a produção de livros sobreviverá no país.

Questionado sobre o futuro do livro físico, Sandro declarou que: “Eu creio que não. Muitas pessoas utilizam aplicativos, plataformas, de formas novas para estar se enriquecendo com a leitura, mas já vimos que o livro de papel não acabou. Existe uma crise das livrarias, mas o pessoal que está migrando para estas plataformas, continuam sobrevivendo. O livro ainda cumpre sua função. Mas o livro físico, o papel, gera afeto para as pessoas.”, disse.

“Precisamos nos adaptar, pensar a partir do que as pessoas estão buscando no livro. O conteúdo que a gente gera hoje precisa estar disponível na internet. Mas é muito importante que essa geração nova tenha contato com o livro físico. Assim eles terão esse apego afetivo. Precisamos incentivar a leitura”, destaca.

Em relação ao CD ter se tornado um produto digital, o autor defende que: “O livro desperta uma curiosidade para se aprofundar cada vez mais, quando você quer saber mais sobre um assunto você procura um livro. O jovem quando assiste um filme e quando lê o livro acha o filme mais emocionante. O livro traz um conteúdo mais profundo, ele é mais rico. No livro existe a possibilidade de esgotar um assunto. Por isso que outras tecnologias passaram, serviram para um momento e o livro permaneceu”, informa.

Sandro Arquejada falou sobre a profissão ser mantida. “A profissão vai continuar, quem não quer ler uma boa história? Ouvir um conteúdo que vai fazê-lo crescer em qualquer dimensão da sua vida. O bom leitor vai se perpetuar. Ele pode se multiplicar, cada vez essas plataformas novas pedem conteúdo bom. Elas são apenas os meios que levam, tudo isso depende de alguém que estuda, medita, imagina algo e tem esse dom para transmitir para os outros”, afirma.

O autor acrescenta como é o mercado nacional para os livros. “Escreva por prazer, por gosto, é muito difícil manter a profissão escritor. Eu trabalho na editora, que é o que garante, porém viver da renda dos livros é difícil. O brasileiro hoje busca muito conteúdo na internet, nos vídeos, em outras plataformas, ele procura muito conteúdo de momento, e o livro, esse conteúdo mais elaborado infelizmente ele não é tão valorizado. O trabalhador é valorizado, ser autor cria um status, mas a renda é difícil, o brasileiro não compra tantos livros, não lê muito”, informa.

Assista a entrevista completa: 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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