Bolsonaro afirma que vetará aumento de impostos no setor de turismo

Nesta terça-feira, 10, durante evento que participava no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro negou que haverá aumento de impostos no setor de turismo. O chefe do Executivo falou para a plateia, sem microfone, que vetará qualquer criação de novos impostos.

“Dá licença aí, qualquer proposta minha que por ventura visa a aumentar imposto com relação ao turismo…eu  veto isso aí”, disse Bolsonaro.

A declaração do presidente foi após o discurso do presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marcos Ferraz. O convidado expressou preocupação com o aumento da carga tributária provocado pela reforma tributária elaborada pelo Congresso Nacional.

“A reforma, do jeito que está no Congresso, aumenta em 200% os impostos para o setor do turismo, em 1 momento tão difícil como a gente está. Vai ser muito desafiador para gente”, afirmou Ferraz.

Após a crítica, o ministro do Turismo, Marcelo Marcelo Álvaro Antônio, afirmou que houve um mal-entendido. “Não houve, em nenhuma hipótese, aumento de imposto no governo do presidente Bolsonaro. O que aconteceu, de fato, é que existia uma lei editando a obrigatoriedade de cobrar impostos que incidem sobre os motores de aeronaves tanto como de remessas para o exterior de agências de viagens”, declarou.

De acordo com o ministro, a alíquota era de 25% antes do governo Bolsonaro e depois, foi reduzida para 7,9%. Álvaro Antônio acrescentou que o governo vetou trecho de 1 projeto de lei porque havia uma ilegalidade. Promovia a redução do imposto de 7,9% para 6% sem respeitar a Lei de diretrizes orçamentárias. 

“Isso se tornou ilegal – obrigado o governo vetar. Está na Economia e já está muito bem encaminhada para que a gente consiga voltar para o 7,9% num primeiro momento. Depois, quem sabe, buscar a isenção. O próprio ministro Paulo Guedes disse uma vez comigo: ’Esse imposto não tinha que nem existir”, falou.

Retomada do turismo

Nesta terça-feira, 10, o governo lançou um plano de retomada do turismo, que objetiva acelerar a recuperação do setor e reduzir o impacto da pandemia de Covid-19. O projeto é liderado pelo Ministério do Turismo.

Imagem: Sérgio Lima/Poder360

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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