Elias Vaz pede para Iris Rezende explicar incidente na Secretaria de Educação

O Vereador Elias Vaz (PSB), entrou nesta quinta-feira (27), com um pedido de convocação do prefeito Iris Rezende (PMDB), o secretário municipal de Educação, Marcelo Costa e o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Elton Ribeiro de Magalhães. O objetivo é que os convocados esclareçam os acontecimentos durante a desocupação da sede da Secretaria de Educação. Se aprovada pelos demais vereadores, os convocados terão 15 dias úteis para comparecerem à Câmara, após serem notificados.

Durante a sessão o parlamentar afirmou que as ações foram desproporcionais. “O Prefeito, seu secretário e o chefe da Guarda Civil estão obrigados a vir a esta Casa explicar sobre a forma violenta, truculenta e desproporcional utilizada pelo Executivo contra os professores. As imagens e relatos dos que estavam ali demonstram de forma cabal o total despreparo e desrespeito aos trabalhadores da educação”.

A Secretaria estava sendo ocupada por professores, servidores administrativos e alunos que protestavam por melhores condições de trabalho. Eles estão de greve desde o dia 11 de abril. A GCM entrou no local na noite de quarta-feira (26) alegando reintegração de posse e durante a retirada dos manifestantes algumas pessoas ficaram feridas. Oito servidores e um aluno foram levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Os vereadores Oséias Varão (PSB) e GCM Romário Policarpo (PTC) defenderam as ações do prefeito, do secretário e do chefe da Guarda. “Defendo a postura da Guarda porque os professores estão sendo usados para fins políticos. E vou provar. A maioria da categoria não participou”, disse Varão.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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