Entre urnas estragadas, aplicativos que não funcionam e aglomerações durante a votação nesse domingo (15), o Membro da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Conselho Federal da OAB, Hebert Batista Alves, enfrentou também a falta de acessibilidade.
Um acidente de carro em 2011 deixou Hebert Batista, que também é juiz no Tribunal e Disciplina da OAB, tetraplégico, após o acidente ele solicitou uma sessão acessível. O eleitor conta que nas eleições passada em 2016 e 2018 não houve nenhuma dificuldade em votar, mas esse ano ao chegar no Colégio Visão, foi informado que não poderia votar.
“Eu solicitei uma sessão acessível, mas a sessão acessível nesse colégio fica no primeiro andar. Ao chegar lá hoje o pessoal me avisou que eu não teria condições de votar, porque o elevador está quebrado”, relatou Hebert.
Após ser impedido de exercer sua função como cidadão, Hebert retornou a sua casa e solicitou uma solução para o TRE. “Eu esperei um retorno até por volta das 9h, mas como não tive respostas, eu retornei ao colégio com a minha esposa e o meu filho e lá eu tive ajuda da policia militar e de um vizinho. Eles me carregaram pela a escada e eu consegui votar.”
O juiz conta que quando voltou para casa após ter votado, o diretor do TRE, Wilson, entrou em contato querendo agendar um horário para que os equipamentos fossem movidos para o térreo e ele pudesse votar. “Eu comuniquei que já tinha acabado de votar. Agradeci á ele, mas deixei registrado a minha indignação”, afirmou.
Para o juiz, não faz sentido o fato da sessão acessível, ser no primeiro andar. “A minha indignação é ter solicitado uma sessão acessível e essa sessão ser no primeiro andar, sendo que existem sessões no térreo. Eu sou cadastrado lá, no meu E-titulo consta que minha sessão é acessível e aconteceu tudo isso”, desabafou ele.
No instagram, Hebert postou um vídeo e comentou sobre o caso. “Aqui a opção NUNCA FOI DESISTIR”, escreveu ele.