Caiado recebe governador do Espírito Santo para discutir projeto do Corredor Centro-Leste

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, recebeu na manhã desta segunda-feira, 23, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Os dois se reuniram para discutir o projeto da criação de um novo corredor para acelerar o transporte e o escoamento de produtos.

Caiado disse que a proposta “oferta uma alternativa de transporte mais barato, mais célere”. O governo do Espírito Santo estipulou os custos totais em R$ 3,1 bilhões. Estes recursos podem ser provenientes da renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica.

O novo trecho corresponde ao contorno da Serra do Tigre, que vai de Patrocínio a Sete Lagoas, em Minas Gerais. Goiás já conta com dois pontos de escoamento: um pelo Porto do Maranhão e outro pelo de Santos. A vantagem do Corredor Centro-Leste é que levaria ao Porto do Espírito Santo.

“Teremos custos e trajetos menores, e ainda um porto que tem capacidade de receber grandes navios”, observou Caiado. “Com pouco investimento, a gente viabiliza uma logística de transporte de grãos e de produtos industriais com muita competitividade”, afirmou Renato Casagrande.

A proposta deve ser apresentada para o Governo Federal no início de 2021.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp