Mãe que matou seis filhos em incêndio criminoso é solta

Depois de assassinar seus seis filhos em um incêndio criminoso, em 2012, a mãe responsável pelas mortes foi solta, após cumprir oito anos, metade de sua sentença de 17 anos.

Mairead Philpott, de 39 anos, foi presa em 2013, após matar seus filhos em um incêndio em sua casa, em Derby, na Inglaterra.

Segundo o  tabloide inglês The Sun, Mairead e seu marido Mick planejaram  para que o incêndio parecesse planejado pela ex-namorada de Mick. Os dois planejaram como resgatar as crianças, mas o resgate não saiu como planejado e seus filhos Duwayne, 13, Jade, 10, John, 8, Jack, 8 Jesse, 6, e Jayden, 5, morreram durante o incêndio.

Após a morte dos filhos, Mick e Mairead choraram compulsivamente em uma coletiva imprensa e pediram ajuda para encontrar os assassinos das crianças. Porém, devido a comportamento suspeito do casal, a polícia decidiu grampear os telefones da dupla. 

A partir disto, as autoridades descobriram que Mick iniciou a trama do incêndio criminoso com o objetivo de incriminar sua ex-namorada pelo incêndio depois de “resgatar” as crianças. Ela o havia deixado há algumas semanas, tendo vivido na mesma casa que ele e Mairead e levado seus filhos com ela.

No tribunal, o casal foi condenado. Mairead foi condenada a 17 anos de prisão. Já Mick pegou pena mínima de 15 anos.

Nesta semana, a mãe das crianças foi solta e mudou-se para casa de recuperação. Com a saída de Mairead da cadeia, a comunidade local expressou indignação. A mãe de Mairead, Vera, de 62 anos, afirmou que estava chocada com a liberdade da filha.

“Eu não a quero perto da minha porta. A sentença não é longa o suficiente e nós a rejeitamos depois do que ela fez”, falou Vera.

Foto: Reprodução

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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