Polícia Civil prende, em Goiás, casal que matou e carbonizou mulher em São Paulo

A Polícia Civil prendeu na cidade de Nova Veneza, em Goiás, um casal acusado de matar e carbonizar parte do corpo de Gilmaria Moreira Santana, de 48 anos, ex-amante de um dos autores do crime. O assassinato ocorreu no dia 3 de agosto, em uma estrada nas imediações da cidade de Bauru, em São Paulo.

O casal localizado em Goiás – um homem de 51 anos e uma mulher de 37 anos – confessou o crime. Eles narraram que mataram a vítima com uso de uma chave de roda e, depois, carbonizaram o corpo. A vítima tinha uma relação com o acusado e pedia que ele rompesse com a atual companheira para ficar com ela. Com isso, o casal planejou o assassinato de Gilmaria.

Depois do crime, os acusados fugiram para Nova Veneza, na região metropolitana de Goiânia. Com a localização dos dois e os mandados de prisão e de busca e apreensão em mãos, os policiais civis prenderam o casal.

O homem foi encaminhado para a Cadeia Pública de Avaí e a mulher foi levada para a Cadeia Pública de Pirajuí. Segundo a polícia, eles vão responder por homicídio qualificado e tentativa de ocultação de cadáver. A operação foi coordenada pelos Delegados Rilmo Braga, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), e pelo Delegado Rogério Dantas, da Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp