O Diário do Estado entrevistou, na última quarta-feira, 02, o gerente de fiscalização do Procon Goiás, Antonísio Teixeira. O motivo da conversa é fazer um breve balanço de como foi a maior data de promoções do país, a Black Friday, na última sexta-feira, 27 de novembro. “Foi bem diferente dos anos anteriores”, afirma o gerente. “Nós estivemos em três shoppings, dois em Goiânia e um em Aparecida de Goiânia, e pudemos perceber uma quantidade bem menor de pessoas que nos anos anteriores”, contou.
De fato, o mercado já esperava que a pandemia afetasse a Black Friday deste ano, como todo o resto da economia foi afetado até aqui. “Nosso trabalho consistiu em orientar os consumidores e ao mesmo tempo atendê-los de pronto dentro destes shoppings”, diz Antonísio, sobre a atuação do Procon. “Além da pandemia, acredito que o consumidor não está mais acreditando na Black Friday como antigamente”, afirma o fiscal.
Então, afinal de contas, existe promoção na Black Friday? “Tem. Nós constatamos no dia que realmente existem as promoções, mas, por outro lado… O Procon, vale a pena dizer, coletou preços nos dias anteriores ao da Black Friday! Para se ter uma ideia, nós também fiscalizamos alguns sites. Uma televisão de 65 polegadas coletada dias antes da sexta-feira, custava R$ 13.199,00. No dia da Black Friday, ela subiu para R$ 14.999,00! Mil e oitocentos mais caro…”, relata Antonísio.
A maioria das irregularidades encontradas, segundo o profissional, está exatamente na propaganda enganosa. Teixeira observou que “as lojas não disponibilizam todo o estoque na promoção. Alguns consumidores pensam que todo o estoque da loja está em promoção, mas não! As lojas designam apenas determinados itens para essa promoção”. Para você, consumidor, fica o convite para assistir ao restante da entrevista e se preparar para não ser pego no conto do vigário no próximo ano!