Juiz suspende provas de concurso em Mineiros, marcadas para domingo

Atendendo pedido liminar feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o juiz Jorge Horst Pereira suspendeu a realização das provas objetivas, primeira fase, do concurso público para cargos na administração direta do município de Mineiros e no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), marcadas para este domingo, 03. A decisão atendeu a argumentação, apresentada em ação civil pública, que a aplicação dos exames traria risco, devido a não comprovação do cumprimento dos protocolos sanitários de prevenção à disseminação do coronavírus na aplicação das provas. 

Conforme destacado pelo magistrado, a suspensão das provas será mantida até a o cumprimento integral das medidas sanitárias previstas na Nota Técnica nº 28, do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) de Mineiros, e do Protocolo de Segurança da Fundação Vunesp, responsável pelo concurso. Os documentos determinam o distanciamento de 1,5 metro entre as cadeiras das salas de provas e que a lotação delas não podem ser superior a 30% da ocupação máxima.

O juiz fixou em R$ 100 mil o valor da multa a ser imputada ao ente público municipal e em R$ 10 mil a multa pessoal ao prefeito Agenor Rezende em caso de descumprimento da decisão. O concurso, com as provas suspensas, regido pelo Edital nº 1/2020, destina-se ao preenchimento de 355 vagas no quadro permanente da administração direta do município de Mineiros e 34 vagas no Saae.

Vistoria

De acordo com o promotor de Justiça na ACP, o MP recebeu diversas reclamações questionando a segurança da realização das provas do concurso, devido a forma com que essa aplicação estaria sendo organizada. Henrique Golin informou que, diante disto, foram realizados contatos com autoridades municipais, indagando sobre o cumprimento das normas sanitárias, tendo sido o MP informado sobre a realização de vistorias nos locais de prova.

Porém, conforme narrado na ACP, foram realizadas as visitas sem a presença de fiscal da Vigilância Sanitária ou médico e se limitaram a apenas a alguns locais de prova, e não em todas as salas que seriam usadas. 

O MP foi informado pela Procuradoria Municipal que o certame seria realizado “sem a observância do limite máximo de 30% da capacidade das salas definido na Nota Técnica nº 28 e no protocolo da Vunesp, com base na opinião de membros do COE de Mineiros, desacompanhada de fundamento técnico-científico”, conclui.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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