MP investiga suposta compra de voltas por prefeito eleito de Nova Iguaçu

O Ministério Público Eleitoral (MPE), em novembro, entrou com uma ação de investigação eleitoral por suposta compra de votos, em Nova Iguaçu de Goiás pelo prefeito eleito, José Ribeiro de Araújo (PP). A denúncia é analisada pelo juiz Leonardo Naceff Bezerra.

Conforme o MPE, uma testemunha contou “que no dia 14/11 aproximadamente 19h, foi até a residência do seu Adalberto, secretário de saúde, tendo sido recebido pelo próprio secretário e fica conversando esperando (uma pessoa); durante o tempo que aguardava recebeu promessa de que seria ajudado, que construiria sua casa, durando mais ou menos três minutos”. Então, chegaram três pessoas, que entraram o dinheiro um terceiro, que repassou a esta testemunha. Outra pessoa confirmou o fato.

Na ação, o Ministério Público pediu ao juiz “que sejam negados ou cassados os diplomas e aplicada a multa respectiva, (…) a fim de que seja declarada a inelegibilidade dos representados para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação dos diplomas, em face do abuso de poder econômico”. A ação foi protocolada também contra o vice eleito e mais três pessoas, do atual quadro secretário da prefeitura: secretário de saúde do município, Adalberto Ferreira Borges; assistente social, Rafaela Carvalho Ferreira; e a professora e coordenadora de uma escola municipal, Dalmirene Lopes de Oliveira.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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