Comissão de transição solicita prorrogação de decreto de calamidade pública em saúde na Capital por mais 180 dias

Nesta terça-feira, 08, os membros da equipe de transição da Prefeitura de Goiânia definiram que solicitarão por mais 180 dias do decreto de calamidade pública em saúde na capital. A medida objetiva garantir a estrutura necessária para o enfrentamento da Covid-19, principalmente em relação a possibilidade de uma segunda onda nos próximos meses. O decreto precisa ser votado na Assembleia Legislativa e passar pela Câmara Municipal, o que deve acontecer ainda nesta semana. 

A primeira reunião do grupo, formado por 10 membros, sendo cinco da atual gestão, nomeados pelo prefeito Iris Rezende; e cinco do futuro governo, nomeados pelo vice-prefeito eleito Rogério Cruz, aconteceu hoje no Paço Municipal. A equipe de transição é definida por  instrução normativa do Tribunal de Contas dos Municípios, objetivando garantir o andamento dos serviços essenciais da administração mesmo com a troca da gestão.

“O prazo de vencimento do atual decreto de calamidade é 31 de dezembro. Mas muitos contratos celebrados na área da saúde, especialmente através de procedimentos seletivos, vencem também no dia 31 de dezembro. Nós estamos vendo nos meios de comunicação a discussão sobre uma possível segunda onda da Covid-19. Nada mais justo então que, dentro de um planejamento sério, ser previsto também a continuidade desses contratos na área da saúde”, pontuou o secretário Paulo Ortegal (Governo).

Escolhido para coordenar os trabalhos da parte do próximo governo, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, afirmou que a atual gestão ser aliada da coligação vitoriosa, liderada pelo prefeito eleito Maguito Vilela, e apresentar um quadro de equilíbrio fiscal facilita o trabalho de transição. “O prefeito Iris tem uma administração reconhecida pelos organismos que fazem as avaliações da gestão fiscal dos municípios, como a Secretaria do Tesouro Nacional, que atestam a eficiência e responsabilidade de seu governo. Isto é importante para que a gente possa dar uma condição à capital de manter a continuidade desta gestão. Não queremos que nenhum serviço sofra descontinuidade. Então esse é o grande objetivo desta comissão, que é, na verdade, uma comissão de continuidade”, declarou Daniel Vilela. 

O presidente do MDB acrescentou que ainda não estão sendo discutidos nomes para a equipe e nem reforma administrativa, declarando que estas decisões vão caber ao prefeito eleito Maguito Vilela, que está se recuperando da Covid-19 em São Paulo. “O principal trabalho desta comissão é garantir ao prefeito eleito a maior facilidade possível para iniciar seu trabalho”, destacou Daniel, complementando que caberá a Maguito validar, assim que possível, os atos tomados no âmbito do grupo de transição.

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Datafolha: 62% dos brasileiros se opõem à anistia para golpistas do 8/1

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8/1

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, revelou que 62% dos brasileiros são contrários à concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esses atos envolveram a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi conduzida após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), por envolvimento na conspiração que levou aos eventos de 2022. A rejeição à anistia é clara, refletindo a opinião majoritária da população brasileira sobre o assunto.

Os dados da pesquisa indicam que a oposição à anistia é significativa, com 62% dos entrevistados expressando sua discordância. Essa posição é compartilhada por uma ampla gama de segmentos da sociedade, embora haja variações nos níveis de apoio e rejeição entre diferentes grupos.

Veja os números:

  • Contra: 62% (eram 63% em março);
  • A favor: 33% (eram 31%);
  • Não sabem: 5% (eram 4%);
  • Indiferente: 1% (era 2%)

Apoio à Anistia

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos apoiadores a anistia são homens, com 37%, enquanto 29% das mulheres entrevistadas defendem a medida. Já 64% das mulheres são contra a anistia, e 59% defendem punição para os participantes do 8/1.

Em relação ao apoio a políticos, quem declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 defende em sua maioria o perdão aos golpistas: 45%. Já 72% dos que declararam voto no presidente Lula (PT) na última eleição presidencial são contra a anistia.

Já em relação a classe de trabalho, os funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%) são os grupos sociais que mais defendem a punição.

Os mais favoráveis à anistia são os assalariados sem registro (38%), empresários (37%), evangélicos (37%) e pessoas de 35 a 44 anos (36%).

O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios do Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro, com entrevistados de idade entre 16 anos ou mais.

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