Bolsonaro planeja encerrar programas de saúde mental pelo SUS

O governo Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde, está preparando um encerrando de aproximadamente cem portarias sobre saúde mental que são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme jornalista Guilherme Amado, da revista Época, o ‘revogaço’ se dá a portarias editadas entre 1991 a 2014.

Programas de Saúde Mental do SUS

  • Programa anual reestruturação da assistência psiquiátrica hospitalar no SUS
  • Programa Consultório na Rua
  • Serviço Residencial Terapêutico
  • Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa

O programa De Volta para Casa e o Serviço Residencial Terapêutico objetivam a reabilitar psicossocialmente pacientes submetidos a longas internações psiquiátricas. Pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, atendidas pelo programa Rede de Atenção Psicossocial, também tem risco de ficarem sem atendimento pelo SUS.

Conforme levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Brasil, o número de pessoas que têm algum familiar dependente químicos, ultrapassa a margem dos 30 milhões. Parte deste número é atendido gratuitamente pelo SUS, dependendo de programas de políticas públicas paras poderem se curar.

Recesso STF

Em caso do ‘revogação’ do governo Bolsonaro se concretize nas próximas semanas, as autoridades de Saúde estaduais estão receosas com a possibilidade de desmonte de políticas públicas de saúde mental na pandemia e preocupadas com o calendário anual, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional entram em recesso de fim de ano. O recesso dos órgãos dificultaria questionamentos contrários ao ‘revogaço’.

Foto: Carolina Antunes/PR

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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