Praça de Aparecida de Goiânia terá nome de criança desaparecida há 15 anos

A prefeitura de Aparecida sancionou, em novembro, o projeto de lei do vereador William Panda (PSB) que muda o nome do Parque da Criança, no setor Mansões Paraíso, para Parque da Criança Murilo Soares. A mudança será realizada em janeiro, a homenagem é para o garoto Murilo Soares, desaparecido há mais de 15 anos, quando tinha 12.

Em relação a demora, o vereador explica que o parque, neste momento está em reforma. Acrescentando que assim que for finalizada, provavelmente em janeiro, a placa já será substituída.

Relembrando que a mão do garoto, Maria das Graças Soares recebeu, neste ano, uma certidão de óbito do garoto. “Murilo desapareceu após uma abordagem policial, em 2005. A mãe ficou revoltada quando recebeu a certidão, pois ela não queria isso, mas uma resposta. Eu era amigo do Murilo, jogava bola com ele”, explica o vereador.

Panda declara que o texto foi proposto depois dele ser procurado pelo grupo de mulheres Mães de Maio do Cerrado. “São mulheres que perderam maridos ou filhos para violência policial”, informa sobre o projeto.

Desaparecimento

Murilo desapareceu depois de abordagem policial em 22 de abril de 2005, quando foi buscar, a pedido do pai, uma bateria de caminhão de carro com um amigo de 21 anos, o servente Paulo Rodrigues. Conforme informações de O Popular, ele foi abordado por policiais do grupo Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e, enquanto o motorista foi revistado, ficou de pé ao lado do veículo.

Aproximadamente 30 pessoas viram a abordagem, mas os dois nunca mais foram encontrados. Paulo tinha antecedentes criminais, o carro dele foi encontrado no dia seguinte, carbonizado. Nenhum corpo foi achado até hoje.

Oito policiais foram acusados de latrocínio, roubo seguido de morte. Eles foram absolvidos pela justiça por falta de provas materiais.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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