Senadores visitam estudante ferido em protesto

A senadora Regina Sousa (PT-PI) presidente da comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e os senadores petistas Gleisi Hoffmann, Lindibeguer Faria e Fátima Bezerra foram ao Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) visitar o estudante Mateus Ferreira da Silva que foi ferido na cabeça durante protesto no dia 28 de abril contra a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência.

Segundo a parlamentar, a visita ao hospital foi para dar apoio aos familiares e saber o estado de saúde do estudante. “Foi uma visita de solidariedade a família. E para saber notícias. As pessoas perguntam muito sobre o caso”, disse Regina.

A senadora afirmou que irá se reunir com o Secretário de Segurança Pública de Goiás Ricardo Balestreri. “Nós vamos fazer uma visita ao secretário de segurança para saber como anda o inquérito e perspectiva de punição porque foi um crime cometido por um policial. A violência policial está presente em todas as manifestações”.

Regina também lembrou a época da ditadura e a comparou com o acontecimento que fez com que Mateus fosse internado no hospital. “Eu vivi a ditadura militar e sei que é o mesmo método praticamente da ditadura. Isso é perigoso. A gente quer cortar o mal pela raiz. Isso não pode acontecer no Brasil”.

Mateus continua internado em estado grave no HUGO. Seu estado é grave porém, segundo os médicos houve melhoras nos últimos dias. Ele foi atingido na cabeça por um policial que portava um cassetete durante as manifestações do dia 28 de abril.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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