Administradores de 7 empresas são denunciados em Goiânia por sonegação de impostos

O Ministério Público de Goiás denunciou os sócios administradores de sete empresas em Goiânia por sonegação de impostos: Bono Supermercados Ltda., Pães e Flores Ltda., Silveira Comércio de Alimentos Ltda., Qualita Embalagem Eireli, Top Level Jeans Deluxe Ltda., Tex Barreds Moda Ltda. e Hélios Coletivos e Cargas Ltda. Os valores chegam a R$ 88.247.714,00 do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A denúncia foi feita pelo promotor Fernando Krebs, da 86ª Promotoria de Justiça de Goiânia. Todos eles devem responder por crime contra a ordem tributária, por deixar de recolher o tributo estadual.

Segundo o site do Ministério Público, “Marcos André de Oliveira, proprietário do Bono Supermercados, possui oito autuações por infrações à legislação tributária que totalizam um débito inscrito em dívida ativa na Fazenda Pública de Goiás no valor atualizado de R$ 5.696.527,66”.

A dona da Pães e Flores, Edene Magalhães Camargo, teria “suprimido tributo estadual, ao fraudar a fiscalização tributária, por omissão de informações, do registro de operações em documentos e livros exigidos em lei. A empresária sonegou ICMS por 12 vezes, entre janeiro e dezembro de 2015, no valor de R$ 171.441,09, que, atualizado, corresponde a R$ 1.277.071,70”.

Felipe Tebet Barreto, administrador da Silveira Comércio de Alimentos, “sonegou impostos nos meses de julho a dezembro de 2011 e todos os meses dos anos de 2012, 2013 e 2014″, contraindo dívida ativa de R$ 1.216.121,71.

Renata Gabrielly Soares de Oliveira e Cristiano José de Lima, que são proprietários da Qualita Embalagens, possuem ” sete autuações por infrações à legislação tributária, que totalizam um débito inscrito em dívida ativa no valor de R$ 31.062.996,80, a partir da sonegação de R$ 136.642,71, ocorrida entre agosto e outubro de 2013″.

Alex Alves Tinoco Morais, dono da Top Level Jeans Deluxe, “suprimiu ICMS por 43 vezes, entre os anos de 2012 e 2015, sendo seu débito tributário no valor de R$ 1.704.486,83”.

José Valberto de Siqueira Mangabeira, administrador da Tex Barreds Moda, teria deixado de recolher o ICMS durante o ano de 2012, gerando débito tributário de R$ 137.054,311. Estes valores precisam de correção monetária e provavelmente são maiores.

Por fim, Romeu Elias Kipper e Ricardo Venzon Kipper, os proprietários sócios da Hélios Coletivos e Cargas, lesaram, entre 2017 e 2019, a ordem tributária num total de R$ 699.876,64. “Possuem 67 autuações por infrações à legislação tributária, totalizando um débito atualizado no valor de R$ 15.328.807,88”, diz o site do MPGO.

Informações: Site do Ministério Público de Goiás.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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