Hemorrede Pública de Goiás reforça pedido de doação de sangue no final do ano

Hemorrede Pública de Goiás registrou um déficit de 36% nos estoques de sangue, pelo 5º mês consecutivo no Estado. Este é pior cenário enfrentado pela rede estadual de sangue e hemoderivados em 2020.  

Segundo a diretora-técnica da Hemorrede, Ana Cristina Novais, além de ser um período em que normalmente já há uma diminuição no número de doadores, este ano, houve um agravamento com a pandemia. “Muitos doadores frequentes estão impedidos de doar por estarem em grupos de risco ou por terem tido contato com pessoas com Covid-19, por isso, precisamos que as pessoas que estão aptas para doação compareçam ao Hemocentro nos próximos dias”, afirma Ana Cristina.  

Par incentivar as doações, as unidades da Hemorrede em Goiânia e no interior, localizadas em Rio Verde, Jataí, Catalão, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu, funcionarão em horário especial nos dias 24 e 31 de dezembro, das 8 às 12 horas. Nos feriados dos dias 25 e 1º as unidades estarão fechadas para atendimento ao público. Nos demais dias o funcionamento segue normal das 8 às 18 horas. 

A diretora Ana Cristina pontua, também, sobre a dificuldade em manter os estoques de alguns grupos sanguíneos que são mais raros na população, como os de fatores negativos, além das plaquetas, que têm uma vida útil de apenas cinco dias. Segundo ela, a Hemorrede Pública de Goiás é responsável por fornecer sangue e hemocomponentes para mais de 200 unidades de saúde em todo o Estado. 

“É importante reforçar que a pandemia não interrompeu os atendimentos nas unidades públicas de saúde. Muitas pessoas dependem de transfusão sangue, sem contar os atendimentos emergenciais relacionados a acidentes automotivos, transplantes e outros procedimentos. Para se ter uma ideia, nossa demanda média mensal subiu de 3,2 mil bolsas de sangue para mais de 4 mil”, destaca a diretora. 

Devido o período de pandemia e para evitar aglomerações, foi criado o serviço de agendamento on-line pelo site agenda.hemocentro.org.br e pelo telefone 0800 642 0457Os requisitos básicos para doar sangue são: estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 59 anos, sendo que antes de completar 18 anos é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis.  

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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