Estudo diz que Covid-19 pode causar impotência

Um estudo publicado neste domingo, 27, na plataforma científica MedRxiv, investiga há sete meses as consequências que a Covid-19 pode deixar no corpo das pessoas. Ele foi realizado com mais de 3 mil pacientes de 56 países. Uma das conclusões foi que 3% dos homens relataram diminuição no tamanho do órgão genital, 15% algum tipo de disfunção sexual e 11% afirmaram sentir dor nos testículos. 

Em relação às mulheres, 26% declararam ter irregularidades nos ciclos, e contaram possuir problema menstrual. Também foi relatado algum tipo de disfunção sexual por 8% das pesquisadas.

As sequelas no sistema reprodutivo estão longe de ser a maior frequente nos voluntários. A maioria deles, mesmo depois de sete meses de recuperação, afirmaram ainda sentir fadiga (de 75% a 80%, dependendo da idade), mal-estar pós-esforço (até 75%) e algum tipo de disfunção cognitiva (de 52% a 59%). 

Já as sequelas neurológicas mais relatadas, estão presentes a dificuldade de concentração (75%) e dificuldade de raciocínio (65%). 73% dos pacientes também relataram algum problema de memória. Dentre eles, a maioria (65%) relatou problemas com memórias mais recentes e 35% com memórias mais antigas.

“Uma das maiores descobertas para mim foi que não houve diferença na idade para a disfunção cognitiva, perda de memória ou impacto disso na vida diária! Isso aconteceu com tanta frequência no grupo de 18 a 29 anos quanto no grupo com mais de 70 anos”, pontuou a pesquisadora Hannah Davis, uma das autoras do estudo.

O estudo foi realizado por voluntários e membros de um grupo de apoio que se dedica, desde abril, a investigar os efeitos da Covid-19 a longo prazo. A pesquisa precisa ser revista por pares.

Foto: Reprodução 

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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