Policial Militar morre afogado ao tentar salvar quatro crianças em São Paulo

Na tarde desta terça-feira, 29, o cabo da Polícia Militar Diogo Gomes de Melo, de 31 anos, morreu afogado ao tentar socorrer quatro crianças que se afogaram no mar de Itanhaém, no litoral de São Paulo.

Conforme o Grupamento de Bombeiros Marítimo, que atendeu a ocorrência, aproximadamente às 16h20, o policial estava aproveitando o dia de folga com a família na praia do Suarão quando entrou no mar para socorrer o enteado, de 10 anos e três sobrinhos, todos de 12 anos, que foram arrastados pelas ondas e estavam se afogando.

Ele conseguiu chegar até duas crianças quando foi puxado pela força da água e não voltou para a faixa de areia, desaparecendo no mar. Banhistas conseguiram retirar as quatro crianças do mar. Elas estão bem.

Para encontrar o policial foram acionadas cinco viaturas e 11 oficiais que trabalharam nas buscas. Depois de uma hora, o corpo de Diogo foi encontrado no mar. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Itanhaém, porém chegou ao hospital sem vida.

Segundo o departamento de comunicação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o cabo Melo, como era conhecido, fazia parte da corporação há 11 anos e meio, Ele integrava a 1ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na região central de São Paulo. Ele estava na Baixada Santista trabalhando na Operação Verão.

Durante visita a Praia Grande, cidade vizinha a Guarujá (SP), o presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte do policial.

“Lamentamos o falecimento do cabo da Polícia Militar que foi salvar uma garotada. Lamentavelmente ele foi tragado pela correnteza e entrou em óbito. Mantemos contato com a família e lamentamos o ocorrido”, declarou.

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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