Presidente da Câmara Municipal de Firminópolis é preso em flagrante por peculato

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Firminópolis, prendeu em flagrante o presidente da Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Firminópolis, Roberto Celestino Caetano, pelo crime de peculato.

Na última quinta-feira, 31, último dia do mandato eletivo, policiais civis flagraram o vereador, de 43 anos, subtraindo 18 manilhas de concreto, avaliadas em R$ 2,5 mil. O material é de propriedade do Poder Público Municipal.

Utilizando de funcionários da Prefeitura, de veículos oficiais e ainda de combustível custeado pelo Município, o vereador levou os objetos furtados para uma propriedade rural particular de um terceiro, ainda na cidade de Firminópolis. O material foi retirado do depósito da Prefeitura.

O vereador, que não foi reeleito no pleito eleitoral de 2020, cometeu o crime no dia em que não há expediente para os funcionários públicos e no seu último dia em posse da Câmara Municipal. A pena para o crime de peculato varia de 2 a 12 anos e não cabe pagamento de fiança na Delegacia. O flagrante teve auxílio dos policiais civis da Delegacia de São Luís de Montes Belos.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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