PMs são denunciados pela morte de confeiteira, em Inhumas 

Dois policiais militares foram denunciados pela morte da confeiteira Fabiana Matos Rodrigues, de 23 anos. A jovem foi morta a tiros na cidade de Inhumas, em outubro de 2020, dentro do carro que dirigia ao lado de uma prima adolescente e do filho, que tinha 6 anos de idade.  

De acordo com a denúncia feita pelo promotor Mário Henrique Cardoso Caixeta, os dois PMs devem responder pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio, ambos com agravante de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. 

Além de denunciar os policiais, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) faz ainda pedidos para complementar o processo. Entre eles, estão: um depoimento especial do filho da confeiteira, que presenciou o fato; dados do atendimento médico à prima da vítima, que foi baleada e socorrida; e a reconstituição do crime, laudos das armas e disparos e exames da droga que foi encontrada com a vítima. 

De acordo com os relatos dos policiais envolvidos, Fabiana estava com droga no carro e atirou contra os policiais. No entanto, demais relatos também mostram qua mulher, ao perceber o emparelhamento dos policiaisparou o carro e gritou para avisar que havia uma criança no veículo, mas os PMs teriam continuado atirando.  

A criança não foi ferida e a adolescente, que foi baleada, sobreviveu e ficou com parte dos movimentos de uma mão comprometidos. A família de Fabiana pede justiça.  

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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