Mulher será executada nos EUA depois de matar grávida e arrancou bebe da barriga da vítima

Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos (EUA) restabeleceu a data de execução para a única mulher no corredor da porde no país, revertendo a decisão de tribunal inferior, conforme a CNN.

A execução da morte da presidiária federal, Lisa Montgomery, será realizada em 12 de janeiro, conforme decisão tomada por um painel de três juízes do Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia, na sexta-feira, 01.  

A decisão havia sido cancelada em 24 de dezembro, por um juiz de primeira instância, após os advogados de Montgomery afirmarem que o teste da presidiária deu positivo para o vírus chinês, durante caminho para visitá-la na prisão.

No ano de 2004, Montgomery assassinou Bobbie Jo Stinnett, uma grávida de 23 anos, estrangulando-a com uma corda, conforme a AP. Utilizando uma faca de cozinha, ela cortou  o bebê do útero de Stinnett e tentou fazer parecer que a criança fosse dela.

Conforme a AP, seus advogados argumentaram que ela sofria de doença mental. Eles acrescentaram que os traumas de abuso físico e sexual sofridos por Montgomery contribuíram para que ela praticasse o grupo.

Caso ela seja executada, Montgomery será a primeira presidiária federal a receber a pena de morte em quase 70 anos, conforme a BBC.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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