Exclusivo: depois de denúncias, Ministério Público de Goiás investiga Recanto dos Anjos Peludos

Ex-prefeito, ex-primeira-dama e ex-presidente da ALBES são indiciados por irregularidades de servidores, em Goiatuba

O Diário do Estado obteve com exclusividade as informações sobre a investigação que o Ministério Público de Goiás está movendo no Recanto dos Anjos Peludos, administrado pela vereadora de Goiânia Luciula do Recanto.

Agora, o MP de Goiás declarou, em nota ao DE: “informamos que os autos extrajudiciais mencionados tramitam na 14ª Promotoria de Aparecida de Goiânia. Visando apurar a denúncia, registrada de forma anônima, a Promotoria solicitou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Aparecida e ao Centro de Controle de Zoonoses do município que fizessem vistoria in loco no abrigo, verificando as condições de funcionamento, especialmente em relação à salubridade e higiene”, informou o órgão.

A investigação também apura informações sobre a existência de licenciamento ambiental. Os ofícios foram enviados em 30 de novembro de 2020, com um prazo de 10 dias para a resposta, que não foi obedecido, segundo informa a Assessoria de Comunicação Social do MP. Nesta quinta-feira, 7, com a volta das atividades regulares do Ministério Público, a promotoria reiterou os ofícios, com novo prazo de dez dias. Se não foram respondidos, estão sujeitos a outras medidas legais.

Em nota, a Semma, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida de Goiânia, informa que recebeu a notificação do Ministério Público e encaminhou os fiscais para averiguar a denúncia na semana que antecedeu o Natal. A secretaria ainda afirmam que já devolveu o relatório ao MP, conforme solicitado.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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