Justiça manda soltar militantes do MTST presos durante greve geral

Três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), presos durante a greve geral do último dia 28, serão liberados nas próximas 48 horas após decisão da Justiça publicada ontem (04). O desembargador Otávio de Almeida Toledo aceitou o pedido de habeas corpus da defesa. Até o início da noite de hoje, eles ainda estavam no Presídio de Tremembé, em São Paulo.

Os integrantes do MTST foram acusados de tentativa de incêndio, explosão e incitação ao crime durante uma manifestação contra as reformas trabalhista e da Previdência na Avenida José Pinheiro Borges, em Itaquera, e levados para o 63º Distrito Policial, na Vila Jacuí.

No sábado (29), a juíza Marcela Filus Coelho rejeitou o pedido dos advogados do MTST e os manteve presos, convertendo a prisão em flagrante em prisão preventiva. Na decisão, a juíza afirmou que a prisão dos três manifestantes era necessária para “garantir a ordem pública”.

Na manhã do dia 2, o grupo foi levado para ao Centro de Detenção Provisória de Vila Independência, na zona leste da capital paulista. Após pedido da defesa, sob argumento de risco para os militantes, eles foram transferidos para a unidade de Tremembé, no interior do estado.

O MTST criticou as prisões e afirma não haver provas contra os manifestantes além do relato dos policiais militares que os prenderam. O movimento também disse na ocasião que as prisões configuram uma “tentativa de se criminalizar os movimentos sociais no país”. Segundo o movimento, os três ativistas foram os únicos dos 39 manifestantes detidos em todo o estado que permaneceram presos.

Fonte: Agência Brasil

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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