Temer diz que não tem ‘intenção’ de continuar na política após 2018

O presidente Michel Temer disse em entrevista à Rede TV na noite desta quinta-feira (4) que não tem “intenção” de continuar na política após 2018. Ele deu a declaração após ser questionado se “necessariamente” se aposentaria após o término do mandato.

“Aposentar-me, nunca, jamais. Mas eu não tenho nenhuma intenção de continuar na atividade política. Acho que já prestei… é um pouco pretensioso dizer que prestou serviço, né? Mas, já cumpri o meu papel”, afirmou o presidente.
Temer disse que o objetivo dele é que as reformas propostas pelo governo, como a trabalhista e a da Previdência, deem certo e que é importante abrir espaço para que surjam novas lideranças políticas.

“Eu acho que já fiz o meu papel na cena política nacional. Então, acho que o espaço para outros que venham é muito útil. É essa a ideia que eu tenho hoje na minha cabeça. Eu só espero que as reformas dêem certo e que não haja necessidade de pedir para eu continuar”, completou Temer.

O presidente aproveitou para defender as reformas do governo que estão em tramitação no Congresso, em especial a da Previdência, e afirmou que quem faz campanha contra essa última faz “a campanha dos poderosos.”

“E parece até que quem está fazendo a campanha contra são os mais vulneráveis, não é verdade. Quem está fazendo campanha são aqueles que ganham R$ 20, R$ 15, R$ 16 [mil reais] que tinham cinco anos a menos, para se aposentar, nós estamos equiparando o serviço público com a Previdência geral, nós estamos equiparando com a classe política, para que todos tenham as mesmas condições”, disse Temer.

Fonte: G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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