Dupla é presa por furtar caminhonetes e comprar carros de leilão para colocar as peças de desmanche, em Goiás

Foram presos dois suspeitos de participar de uma organização criminosa especializada em roubo, corte e desmanche de caminhonetes de luxo de municípios no interior de Goiás. Os mandados de prisão foram cumpridos na segunda-feira, 11, e terça, 12. Conforme o delegado, Marco Aurélio Euzébio, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), eles eram responsáveis por comprar veículos e sucatas em leilões para usar as peças dos veículos roubados e, depois, revender.

Essa operação faz parte da última fase da Operação Sem Divisas. A primeira fase foi realizada em 9 de novembro de 2020. À época, quatro investigados morreram depois de troca de tiros em um desmanche, na região do parque industrial, em Goiânia.

Além dos dois mandados de prisão, a polícia também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão no início da semana. Destes, dois foram feitos em lojas da Canaã, em Goiânia; um em Inhumas; e outro no Pará.

Conforme o delegado, os seis, dois presos e os quatro que morreram no ano anterior, completam a quadrilha, não existem outros suspeitos. Com o inquérito finalizado, a próxima ação penal correrá em São Luiz dos Montes Belos, onde ocorreu um dos furtos. “A investigação comprovou mais de dez furtos, mas foi muito mais. Era uma das maiores associações criminosas do Estado”, afirma Marco.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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