Haverá 4 vezes mais soldados americanos na posse de Biden do que no Iraque e Afeganistão juntos

Uma megaoperação está sendo montada para a posse do democrata Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro. É comumente um grande evento nos Estados Unidos, com participação de antigos presidentes e personalidades da mídia. Este ano, a cantora Lady Gaga cantará o Hino Nacional Americano.

Para se ter uma ideia, em 1993, na “Inauguração” de Bill Clinton, Michael Jackson foi quem se apresentou, pedindo ao então presidente que tomasse medidas para cuidar dos pacientes soropositivos, num período de grande incidência da AIDs.

Neste ano, 20 mil soldados da Guarda Nacional foram convocados para ficar nas ruas e no Capitólio de Washington. A quantidade de soldados é quatro vezes maior do que no Afeganistão e no Iraque, juntos. Por decisão do ainda presidente Donald Trump, o Pentágono anunciou o corte no número de soldados nestes países em 15 de janeiro, para apenas 2,5 mil soldados americanos em cada uma das nações.

A justificativa dada para tantos agentes é que em 6 de janeiro, na “Marcha para Salvar a América”, manifestantes entraram no Capitólio americano e invadiram a sessão do Congresso, depois de alegarem indignação e fraude nos resultados eleitorais. Trump está sob processo de impeachment, e numa campanha de cancelamento, vê suas contas serem bloqueadas nas redes sociais e contratos milionários de negócios sendo desfeitos.

Imagem: Joshua Roberts/Reuters

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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